Menino foi atingido por tiro no pescoço e permanece internado em estado grave.
Disparos assustam moradores do Jardim Pérola
Na noite de segunda-feira (19), um adolescente de 12 anos sofreu um disparo dentro de sua casa, localizada na Rua Guianas, no bairro Jardim Pérola, em Governador Valadares. O tiro ocorreu por volta das 18h e deixou moradores da região assustados. A Polícia Militar informou que ao menos oito tiros foram efetuados na residência.
Adolescente é socorrido com arma em mãos
Uma equipe do Comando Tático da PM levou o menino ao Hospital Municipal, onde ele permanece internado. Assim que os militares chegaram ao local, encontraram a casa vazia. A mãe estava trabalhando e a irmã, que presenciou o ocorrido, já havia ido ao hospital.
Segundo uma testemunha, a irmã do garoto correu para pedir ajuda. Ao entrar na casa, a testemunha viu o menino ensanguentado, sentado no chão da sala e segurando uma arma apontada para a porta. Ela retirou o armamento, descarregou-o e o deixou no sofá.
Investigação aponta possível disparo acidental
Logo após os tiros, outra testemunha viu a irmã do menino pegar a arma do sofá e correr para o andar de cima. Ela se trancou em um quarto e, após conversar com a mãe, entregou a arma. Um policial a encontrou escondida sob uma almofada.
Durante a perícia, foram recolhidos cartuchos deflagrados e uma pistola calibre .380. O Certificado de Registro da Arma (CRAF) pertence ao pai do adolescente, que estava viajando a trabalho. A perícia também recolheu o DVR das câmeras de segurança e o celular da vítima.
O perito informou que os tiros atingiram o chão e os rodapés da casa. A principal hipótese é que o próprio menino tenha efetuado os disparos. O médico que o atendeu relatou que o projétil entrou pelo pescoço e se alojou no olho esquerdo.
Família e funcionários prestam depoimentos
A empregada doméstica contou que saiu da casa às 16h30. Naquele momento, o menino jogava videogame, a irmã estava no andar de cima e a avó, que sofreu um AVC, permanecia no quarto. Ela achou estranho o garoto subir com a mochila e descer logo depois, o que não era comum.
A irmã afirmou que ouviu sons parecidos com disparos, mas achou que vinham da rua. Ao notar outros ruídos, desceu e encontrou o irmão ferido. De acordo com ela, o portão da casa estava trancado, o que impediria a entrada de terceiros.
Polícia segue apurando o caso
Até o momento, a motivação do disparo não foi esclarecida. A polícia trabalha com a possibilidade de tiro acidental, mas ainda aguarda mais elementos da investigação para confirmar os fatos.